11 de fevereiro de 2024 às 08:00
As recentes notícias da crise financeira na Gol, que entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos, reacenderam nos leitores lembranças de outras companhias áreas brasileiras, que já nem existem mais.
Varig, Vasp, Transbrasil e outras foram mais do que meras transportadoras aéreas. A EXAME separou cinco companhias áreas que não existem mais para te contar o que aconteceu com cada uma delas.
A Viação Aérea Rio-Grandense (Varig) foi uma das mais tradicionais e importantes companhias aéreas brasileiras, mas enfrentou uma série de desafios que resultaram em sua decadência e eventual encerramento.
A companhia pediu recuperação judicial em junho de 2005, com dívidas de 5,7 bilhões de reais. No ano seguinte, iniciaram-se as demissões na empresa, totalizando mais de 5.000 postos de trabalho cortados em apenas um dia.
No dia 20 de agosto de 2010 foi decretada a falência Varig. Até hoje, alguns funcionários tentam receber da massa falida da empresa, que também tem processos na União cobrando indenizações bilionárias pelo período em que o preço das passagens foi tabelado.
A Viação Aérea São Paulo (Vasp) foi uma das principais companhias aéreas brasileiras durante boa parte do século passado. Fundada por um grupo de empresários paulistas em 1933, a empresa enfrentou dificuldades financeiras logo no início de sua história.
Já em 1935, o poder estadual acabou comprando 91,6% das ações da empresa, tornando a Vasp uma estatal, carimbo que manteve até os anos 1990.
Em 2005, a Vasp suspendeu suas operações de voos regulares e entrou em processo de recuperação judicial. Hoje, a massa falida da companhia aérea processa a União em 95 bilhões de reais.
A Transbrasil foi criada em 1955 por Omar Fontana, filho de Attilio Fontana, fundador da Sadia, empresa do ramo alimentício, inicialmente para transportar carne fresca de Santa Catarina para São Paulo.
Já no ano seguinte, passou a combinar o transporte de carga com o de passageiros. Pouco depois, comprou a Transportes Aéreos Salvador e passou a se consolidar como uma companhia aérea comercial.
No início dos anos 2001, a empresa chegou a ficar sem crédito para a compra de combustível para suas aeronaves, e todos os seus voos foram cancelados. Durante esse período, houve pedido de recuperação judicial da companhia.
A Webjet foi criada por executivos do mercado financeiro em 2004 para funcionar como uma low cost, e teve seu primeiro voo em 2005.
Mas a concorrência logo encurtou a rota da companhia. Gol, Tam e Varing abaixaram os preços das passagens nos mesmos horários que a Webjet, o que fez a empresa quebrar poucos meses depois de começar a operar.
Em 2006, ela foi vendida a primeira vez. No ano seguinte, uma nova venda, desta vez para a CVC, que passou a fretar as aeronaves da Webjet. Por ali, operou por cerca de cinco anos.