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Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil dos anos 1980

Daniel Giussani

11 de novembro de 2024 às 09:53

Só quem já ouviu (e sabe de cor e salteado) o jingle “Mappin, venha correndo, Mappin, chegou a hora!” sabe o quanto a loja de departamentos Mappin foi icônica. Principalmente em São Paulo no século passado.

Divulgação/Reprodução

A rede de lojas de departamentos, que por décadas ocupou a esquina da Praça Ramos de Azevedo, em São Paulo, marcou gerações por unir um ambiente de compras sofisticado a um modelo acessível para as classes médias, transformando-se em um dos maiores símbolos do varejo brasileiro

Sergio Berezovsky/

Nos anos 30, foi pioneira ao introduzir o crediário, uma revolução no comércio brasileiro que facilitava o acesso da população a bens que antes só eram acessíveis à elite.

Ao longo das décadas, o Mappin inovou constantemente para atrair a atenção do público. No Natal, as vitrines eram transformadas com cenários detalhados e festivos, que chamavam as famílias para passeios e compras.

Acervo/Exame

Nos anos 1980, o Mappin chegou ao auge, sendo uma das maiores redes de varejo do Brasil. Em 1983, foi eleita pela EXAME a empresa do ano. Em 84, foi eleita a melhor empresa do varejo do Brasil.

GettyImages/

A loja se expandiu ainda mais, abrindo unidades em shopping centers e adquirindo, em 1991, cinco lojas da rede Sears

Com as dificuldades financeiras crescentes, a marca acumulou dívidas ao longo da década de 1990. A crise ficou mais séria em 1995, quando a empresa reportou um prejuízo de quase 20 milhões de reais.

Em 1996, a marca foi comprada pelo empresário Ricardo Mansur, que tentou implementar uma estratégia de franquias para salvar o negócio. No entanto, a situação financeira delicada, somada a uma gestão conturbada, levou ao fechamento das lojas em 1999.

Eduardo Albarello/Divulgação

Depois de duas décadas, em 2019, a rede Marabraz adquiriu os direitos do nome e relançou o Mappin como um e-commerce focado em produtos de decoração e cama, mesa e banho.