Negócios

Ele vendeu casa e carro para abrir franquia. Hoje lucra R$ 12 milhões

Isabela Rovaroto

7 de outubro de 2024 às 16:06

André Polvani/Chiquinho Sorvetes/Divulgação

A venda de sorvetes de baunilha e chocolate deve levar a Chiquinho Sorvetes ao primeiro bilhão de reais de faturamento em 2024. A rede criada em 1980 em Frutal, no interior de Minas Gerais, conta com 827 lojas espalhadas pelo Brasil.

tommy/Getty Images

A rede de sorveterias aparece na frente de grandes marcas como Kopenhagen, Hering e Havaianas na lista de maiores franquias do país.

Chiquinho Sorvetes/Divulgação

O sucesso de uma franqueadora se deve, em boa medida, ao sucesso de seus franqueados. Mário Sérgio da Silva entrou na rede há 11 anos. Após vender sua casa e carro no Mato Grosso, ele apostou suas fichas na abertura primeira loja da rede no Pará.

Hoje ele é o maior franqueado da rede com 25 unidades e master franqueado de Pernambuco. A expectativa é fechar o ano com faturamento de R$ 38 milhões e lucro de R$ 12 milhões, alta de 30% em relação ao ano anterior.

Chiquinho Sorvetes/Divulgação

Engenheiro agrônomo e professor de matemática, Mário decidiu vender tudo que tinha em 2013 para empreender. Com dinheiro da casa e carro em mãos, deu adeus a cidade de Sorriso, no Mato Grosso, e investiu cerca de R$ 520.000 na sua primeira loja em Parauapebas (PA)

Nuthawut Somsuk/Getty Images

Algumas decisões importantes de gestão foram tomadas no início do processo de expansão e garantiam a sustentabilidade do negócio. Veja a seguir:<br />

1. Todas as lojas tinham um gerente responsável pela operação, permitindo que o empreendedor conseguisse circular entre as unidades e ganhar escala.

2. Mário também negociou com a franqueadora a exclusividade de alguns municípios. Na época, muitas cidades ainda não tinham franquias e era viável abrir novas lojas.

3. O empreendedor conta que os primeiros meses não foram lucrativos. Para não perder o investimento e desistir de empreender, ele decidiu apresentar os sorvetes de baunilha e chocolate de forma gratuita.

"Eu tinha estoque e confia na qualidade dos produtos. As pessoas só precisavam provar e conhecer", diz. A estratégia de oferecer sorvetes no semáforo funcionou. "Lembro que no quinto mês a loja já tinha lucro de R$ 40.000", conta.

LEIA MAIS