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Com queda no turismo, principal rede de hotéis de Gramado já tem um pedido de Natal: hóspedes

Daniel Giussani

16 de julho de 2024 às 09:42

Gramado, turística cidade na serra gaúcha, está sofrendo com a redução nos voos para o Rio Grande do Sul com a suspensão das operações no Aeroporto Salgado Filho. Com dificuldade para chegar, os turistas sumiram do município

Secretaria Estadual de Turismo/Divulgação

Agora, para chegar na cidade, o turista de fora do Rio Grande do Sul precisa passar praticamente por uma maratona. Ou então, desembolsar muito dinheiro.

Leandro Fonseca/Exame

A Laghetto, principal rede de hotéis da serra gaúcha, com 14 operações entre Gramado e Canela, que o diga. Em maio, no pior momento da crise, a ocupação da empresa caiu 80% em relação a maio de 2023. Em junho, a ocupação foi 60% menor.

Agora, sem aeroporto, a empresa depende majoritariamente de turistas do próprio Rio Grande do Sul ou de estados vizinhos, como Santa Catarina e Paraná.

diegograndi/null

Em julho, a expectativa é um pouco melhor. Com as férias de inverno, os gaúchos, que também estão impossibilitados de irem a outros estados por causa do aeroporto, podem escolher Gramado como ponto de descanso.

Para atrair turistas, a empresa também precisou diminuir o preço das diárias em cerca de 30% a 40%, o que afeta no tíquete médio do mês, e lançou campanhas para estimular o turismo na região, com reservas mais em conta.

Dircinha SW/Getty Images

Se julho será destinado ao público gaúcho, a expectativa em Gramado está praticamente toda para o período mais quente da cidade, o Natal. A cidade é conhecida pelo Natal Luz, um festival natalino com uma série de programações especiais sobre a data comemorativa.

Na verdade, para a Laghetto e para o setor, os hóspedes serão o grande presente de Natal. Mas quem vai trazê-lo não é o Papai Noel, e sim o aeroporto. Há previsão de que o espaço reabra entre outubro e dezembro.

Leandro Fonseca/Exame

“Não existe a possibilidade do aeroporto não voltar para o Natal Luz”, afirma Cristiane Mörs, diretora de Vendas e Marketing. “Seria um desastre. O mais forte do festival é novembro e dezembro. Já estamos trabalhando com esse foco. Vai ser o sinal da nossa retomada”.

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