27 de abril de 2024 às 13:52
Pela primeira vez desde 2013, a Argentina figura entre os 25 principais destinos de investimento estrangeiro no mundo, segundo o Índice de Confiança para Investimento Direto, desenvolvido pela consultoria Kearney.
Em 24º lugar no ranking, o país fica um pouco atrás do Brasil, que neste ano voltou à lista dos 20, na 19ª posição.<br /> <br />
Para a Argentina, que esteve por dez anos longe dos holofotes, as mudanças nos rumos econômicos com a vitória de Javier Milei como presidente trouxeram alento aos investidores, observa Mark Essle, sócio da Kearney no Brasil.
No caso brasileiro, o retorno à lista se deve mais a como outros países têm performado, sobretudo durante tensões globais, como os conflitos no Oriente Médio e ou a guerra na Ucrânia, do que ao desempenho interno da economia nacional, diz Mark Essle, sócio da Kearney no Brasil.
Mas a Kearney aponta acertos estruturais da macroeconomia, como a histórica aprovação da reforma tributária.
Além do tratamento de choque de Milei, há também o fato de que, assim como o Brasil, a Argentina tem um potencial gigante quando o assunto é transição energética – fator que aproxima muito as duas nações.
O Brasil e a Argentina, com o imenso potencial natural – e sobretudo mineral –, chamam a atenção do mundo a partir do momento em que a mudança climática impôs mudanças das fontes energéticas.<br />
Juntamente com o Chile e a Bolívia, a Argentina possui 60% das reservas conhecidas de lítio do planeta, segundo dados do US Geological Survey.
O minério é usado na fabricação baterias, desde aquelas usadas em carros elétricos até as de aparelhos eletrônicos.
Por isso, o lítio está no centro do debate sobre o desenvolvimento tecnológico no mundo.