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Após eleição de Trump, americanos fazem "estoque de pânico" de produtos chineses; entenda

Fernando Olivieri

25 de novembro de 2024 às 11:01

Qilai Shen/Bloomberg

As exportações da China estão a caminho de atingir um recorde histórico em 2024, impulsionadas pela antecipação de pedidos por parte de clientes internacionais temerosos das ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Durante a campanha, o futuro presidente sinalizou a possibilidade de aumentar tarifas de importação sobre produtos chineses para até 60%, o que pode desencadear uma nova guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

De acordo com a Bloomberg, as exportações chinesas devem crescer 7% no último trimestre deste ano em relação a 2023, uma melhora em relação à previsão anterior de 5%. Isso elevaria o total de exportações de 2024 para US$ 3,5 tri (R$ 20 tri), superando o recorde de 2022.

Esse crescimento é atribuído ao "estoque de pânico" realizado por empresas estrangeiras que buscam proteger suas cadeias de suprimentos antes de possíveis novas tarifas.

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"Nos próximos meses, as exportações chinesas podem se beneficiar desse comportamento, mas há um alerta para 2025, quando as tensões comerciais devem aumentar", afirma Erica Tay, economista do Maybank Investment Banking Group.

O superávit comercial da China também deve alcançar um recorde, possivelmente chegando a quase US$ 1 trilhão (R$ 5,81 trilhões). Este desempenho sólido nas exportações tem ajudado o país a compensar a fraqueza da demanda interna, enquanto o governo promove estímulos econômicos.

Leandro Fonseca/Exame

Apesar desse desempenho, as importações chinesas continuam estagnadas, reflexo da dificuldade em impulsionar a economia doméstica. Esse desequilíbrio gera preocupações globais sobre a inundação de mercados com produtos chineses mais baratos

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A perspectiva de um segundo mandato de Trump trouxe incertezas adicionais. Durante sua primeira presidência, Trump impôs tarifas de até 25% sobre mais de US$ 300 bilhões (R$ 1,74 trilhão) em produtos chineses, o que levou a retaliações de Pequim.

O retorno de Trump pode resultar em um aumento ainda maior nas tarifas e em um impacto significativo no comércio global

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