Quer comprar um imóvel? Levantamento compara taxa de financiamento com Selic
6 de março de 2025 às 10:18
Há quem diga que 2025 pode ser conhecido como o "ano do aluguel", devido não só a taxas de juros mais altas, como também às mudanças da Caixa para o financiamento de imóveis.
No entanto, um levantamento realizado pela Re/MAX Brasil a pedido da EXAME mostra que o efeito do cenário macroeconômico não afeta pronta e proporcionalmente o número das taxas de financiamento.
É verdade que a taxa Selic influencia diretamente os juros do crédito imobiliário, já que define o custo do dinheiro para os bancos. Quando sobe, os financiamentos tendem a ficar mais caros. Quando cai, o crédito imobiliário se torna mais acessível, impulsionando o mercado.
"Mas o repasse da Selic para as taxas de financiamento não é imediato nem proporcional. Isso porque os bancos também consideram fatores como risco de crédito, concorrência e custo de captação", explica Peixoto Accyoli, CEO e presidente da Re/MAX Brasil.
Em janeiro de 2020, com a Selic a 4,5%, as taxas de financiamento da Caixa, Itaú, Banco do Brasil e Bradesco estavam, respectivamente, em 7,43%, 7,63%, 8,88% e 7,76%. Em 2023, com a Selic em 13,75%, as taxas dos bancos foram de 9,2%, 9,67%, 9,94% e 9,61%, respectivamente.
O ano com números mais pessimistas não são necessariamente um empecilho para quem precisa financiar um imóvel.
"Com a possibilidade da portabilidade, assim que o juro cair, você pode renegociar a sua taxa de financiamento, inclusive em outro banco. O financiamento não é um casamento com determinado banco, você pode, sim, fazer essa portabilidade", explica Peixoto Accyoli, CEO da empresa.
A limitação de 70% do valor do imóvel financiado e o limite de R$ 1,5 milhão foram grandes motivadores para o aumento de volume nos bancos privados.
Accyoli afirma que os banco deve perceber um aumento significativo na entrada de novas propostas de financiamento e no volume de negócios.