21 de setembro de 2024 às 14:45
A geração Z enfrenta dificuldades para comprar imóveis, com preços elevados e renda insuficiente. Uma jornalista de 27 anos se deparou com apartamentos de menos de 40 m² custando mais de meio milhão de reais em São Paulo.
Apesar do desejo de compra, os jovens enfrentam obstáculos. Um estudo da Brain Inteligência Estratégica mostrou que 52% da Geração Z pretende comprar imóveis nos próximos 24 meses. Fatores como inflação, acesso ao crédito e baixa renda são apontados como "vilões".
A inflação do custo de construção é um dos principais fatores para o aumento dos preços. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) e o índice FipeZAP mostram que os preços dos imóveis subiram acima da inflação geral.
O tamanho dos imóveis também influencia os preços. A escassez de espaços urbanos e o aumento populacional pressionam os valores dos terrenos. Para contornar isso, o mercado tem oferecido apartamentos menores, especialmente próximos a estações de metrô.
A renda não acompanhou o aumento dos preços dos imóveis. Um imóvel que custava 100 salários médios em 1995 pode representar quase 400 salários médios hoje, considerando o índice FipeZAP.
O cenário futuro pode ser desafiador, com mudanças no funding do mercado imobiliário. A diminuição dos recursos da poupança pode levar a um aumento nos custos de financiamento para as construtoras, potencialmente refletindo nos preços finais dos imóveis.
Para enfrentar esse cenário, especialistas recomendam planejamento financeiro cuidadoso. Constituir uma reserva financeira, limitar as parcelas do financiamento a 30% da renda e aproveitar investimentos com taxas de juros favoráveis são algumas das sugestões.