17 de outubro de 2024 às 15:55
Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), acompanha de perto as mudanças nos prazos de resgate das Letras de Crédito Imobiliária (LICs).
No dia 1º de fevereiro deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) pegou o mercado de surpresa quando aprovou, em uma reunião extraordinária, duas novas resoluções que alteraram as regras para o investimento.
Na ocasião, o prazo mínimo de vencimento das LICs passou de 3 meses para 12 meses. A partir disso, o setor começou a se movimentar, alegando que os novos prazos poderiam diminuir a oferta dos títulos, aumentando o custo do crédito.
Em agosto, o CMN publicou uma nova resolução baixando o prazo de vencimento das LCIs de 12 meses (360 dias) para 9 meses (270 dias).
“Nós conversamos muito com o governo e o CMN baixou para 270 dias. Mas ainda não é o suficiente para que tenhamos um volume de LCIs importante”, comenta o presidente.
Ainda tentando reduzir mais ainda o prazo, hoje, a EXAME confirmou que bancos e donos de construtoras pediram ao governo que o CMN volte para os três meses (90 dias) o prazo das LICs.
França apoia e acrescenta uma sugestão: “Se eles não quiserem reduzir o prazo tão drasticamente, pelo menos que faça assim, crie faixas de investimento. Analise o tamanho do volume investido pelo investidor e vai subindo de forma proporcional o período de vencimento.”