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Seis desdobramentos da reunião do Copom, segundo o BTG Pactual

Rebecca Crepaldi

20 de junho de 2024 às 14:27

Foto: (sem legenda) (Divulgação/Banco Central/Exame)

Em decisão unânime, o Copom manteve a Selic em 10,50% ao ano na reunião . A decisão interrompe o ciclo de corte de juros no Brasil, iniciado em setembro do ano passado. O movimento já era aguardado pelo mercado.

Foto: Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública para ouvir o presidente do Banco Central (BC). A comissão quer informações sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%. À mesa, em pronunciamento, presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Em relatório publicado pelo BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME), os analistas Claudio Ferraz, Bruno Balassiano e Bruno Martins destacam seis pontos do comunicado para entender o que guiou a decisão do Banco Central (BC).

Foto: Juro baixo? Selic - Banco Central - alta - Copom (DNY59/null)

Tom mais dovish: apesar do início da política contracionista, os analistas chamam a atenção para a referência do Copom a uma “interrupção do ciclo”, e não ao seu encerramento.

Foto: (sem legenda) (SAUL LOEB/AFP/Getty Images)

Cenário externo: incerteza persistente:O cenário externo também foi um dos pontos destacados pelo Copom, com ênfase para os Estados Unidos, em que há incertezas quanto à flexibilização da política monetária por lá.

Foto: Pessoa caminha em frente à sede do Banco Central em Brasília (Adriano Machado/Reuters)

Cenário doméstico: dinamismo econômico e inflação desancorada. Copom observou que a atividade econômica e os indicadores do mercado de trabalho continuam a mostrar maior dinamismo do que o esperado.

Foto: Sede do Banco Central, em Brasília (null/)

Política fiscal: monitoramento rigoroso. O Comitê reafirmou a importância de uma gestão financeira crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida para ancorar as expectativas de inflação e reduzir os prêmios de risco sobre os ativos financeiros.

Foto: Roberto Campos Neto, presidente do BC (Andressa Anholete/Bloomberg via/Getty Images)

Continuidade contracionista: o Copom removeu a passagem que se referia à decisão para a próxima reunião, conhecido como forward guidance. " a decisão unânime refletiu uma postura mais cautelosa, à luz da resiliência da atividade econômica".

Foto: presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto; ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr)

Postura cautelosa: ponto-chave foi a ênfase do comitê quanto à continuidade da cautela na condução da política monetária, refletindo a resiliência da atividade econômica e as expectativas de inflação desancoradas.

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