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Juros em alta, bolsa também? Por que o ciclo de alta da Selic pode impulsionar as ações

Guilherme Guilherme

3 de setembro de 2024 às 16:31

Raphael Ribeiro/BCB/Flickr

Juros altos geralmente fortalecem o retorno da renda fixa e prejudicam os investimentos em ações. Desta vez, contudo, há razões para acreditar que a esperada alta de juros na próxima decisão do Banco Central, no dia 18, produza efeitos diferentes

Gabriel Reis/Divulgação

“A alta de juros seria benéfica para todo o mercado”, afirma Welliam Wang, head de ações da AZ Quest.  

Pedro França/Agência Senado/Flickr

Ao recobrar a credibilidade do Banco Central após meses de comunicação truncada e ruídos políticos, um aumento – teria o poder de reduzir as curvas de juros de longo prazo.

Leandro Fonseca/Exame

“Se o ciclo de aumento das taxas iniciar, como esperado, o BC restaurará grande parte de sua credibilidade perdida. O cenário impactaria positivamente os preços dos ativos no Brasil, fortalecendo o real e reduzindo as taxas de longo prazo”, diz o BTG em relatório.

Considerada improvável há um mês, a alta de juros tornou-se consenso após as declarações do diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, recém-indicado para suceder Roberto Campos Neto na presidência da instituição.  

Outra consequência da queda dos juros longos é o ganho com ativos de renda fixa prefixados, dada a marcação a mercado.

Isso ocorre porque os títulos emitidos com taxas de juros mais altas passam a oferecer um retorno superior em comparação com novos títulos emitidos em um ambiente de juros mais baixos, aumentando a demanda por esses títulos e elevando seus preços no mercado secundário.