18 de abril de 2024 às 17:43
A China superou as estimativas de crescimento para o primeiro trimestre ao apresentar uma alta de 5,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. O país espera crescer 5% neste ano. Mas o mercado acredita que a meta não será alcançável sem grandes estímulos
Essa é a opinião de Andrew Batso, diretor de China da casa de análise Gavekal Research, que tem quatro teorias para o baixo volume de estímulos
A primeira teoria de Batso envolve uma suposta complacência das autoridades locais quanto à situação econômica da China. "Nesse caso, o governo considera que as previsões do mercado estão erradas"
A segunda tese seria o maior conservadorismo dos formuladores de política econômica. "Nesta perspectiva, um estímulo excessivamente agressivo agravaria os problemas estruturais da China e correria o risco de ser ineficaz e dispendioso", diz Batso
Outra teoria de Batso é de que o governo estaria disposto a fazer estímulos mais robusto, mas estaria enfrentando dificuldades de execução. "Os funcionários de nível inferior muitas vezes não têm certeza sobre qual objetivo perseguir e têm pouco incentivo para tomar a iniciativa"
Já a quarta teoria de Batso envolve o suposto interesse do governo central de manter maior controle sobre a economia chinesa. "Os principais atores de estímulos passados foram governos locais e o setor imobiliário", recorda o analista