27 de abril de 2024 às 15:12
Desde 2020, a mineira Gisele Souza identifica a própria voz em anúncios de campanhas do qual ela nunca concordou em participar.
E ela enfrenta uma longa batalha judicial pelos direitos de uso da própria voz.
O caso a assombra muito antes do termo “inteligência artificial” dominar a esfera pública.
Tudo começou quando Gisele, recém chegada em São Paulo e entusiasmada com a oportunidade de expandir seu trabalho, aceitou um projeto para gravar num sistema de texto para fala (TTS).
Inicialmente recebeu a informação de que seria para um jogo de videogame e acabou gravando mais de 2 mil falas para o estúdio.
À medida que o projeto avançava, Gisele gravou várias sessões, acreditando que sua voz seria usada de forma limitada e específica.
No entanto, com o passar do tempo, ela começou a ouvir sua voz em lugares pelos quais ela não esperava.
De sites pornô ao maior reality show do Brasil, Gisele acredita já ter identificado sua voz em contextos completamente diferentes dos que inicialmente estabelecidos com o estúdio.
“É uma assombração”, resume a mineira, que reitera que nunca foi avisada do uso de sua voz em tais campanhas ou recebeu qualquer compensação adicional.