ESG

Verão marcado por chuvas favorece energia e agronegócio, mas eventos extremos preocupam, diz estudo

Letícia Ozório

19 de dezembro de 2024 às 15:13

Jose Jordan/AFP

O excesso de chuvas deve marcar as semanas entre o fim de 2024 e começo de 2025, quando se inicia oficialmente o verão.

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A expectativa é que a onda de umidade favoreça setores da economia que enfrentaram dificuldades no mesmo período do último ano, como a energia e o agronegócio. A informação é de um levantamento da consultoria Nottus.

Nesta estação, que tem início no sábado, 21, esse excesso de chuvas deve favorecer reservatórios e mananciais, conforme a meteorologista da Nottus Desirée Brandt. “Apesar de não ser esperada uma massa de frio, o mês de janeiro pode ter temperaturas abaixo do esperado", conta.

Anselmo Cunha/AFP

Segundo os especialistas, são esperadas precipitações espaçadas em todo o verão no Rio Grande do Sul, sem a previsão de novas enchentes de grande proporção como as vistas em setembro de 2023 e maio deste ano.

Alexandre Nascimento, sócio-diretor da Nottus, conta que o cenário de maior umidade será benéfico para as safras, puxado ainda pela expectativa de temperaturas mais amenas.

Lau Paulinésio/Divulgação

“Enquanto o ciclo 23/24 teve falta da água e excesso de calor, esperamos que esse ano seja de ‘perrengues chiques’ para o agro, como pela baixa radiação solar e dificuldades para algumas semeaduras”, explica.

Marcelo Carmargo/Agência Brasil

A área mais afetada pelas chuvas deve ser o litoral do Sudeste, especialmente pelo período de festas e férias. A região serrana do Rio de Janeiro, as praias de São Paulo e Espírito Santo e o sul de Minas Gerais devem enfrentar complicações a partir do aumento de chuva e umidade.

Prefeitura de São Sebastião/Reprodução

Os especialistas não descartam a chance de novos efeitos climáticos extremos como os enfrentados no litoral Norte de São Paulo em fevereiro de 2023. Após fortes chuvas, houve desmoronamento de casas e deslizamento de terra, que ocasionaram na morte de 64 pessoas.

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