ESG

Reservas Votorantim e CNPEM estudam uso de fungos e microrganismos na produção de biocombustíveis

Letícia Ozório

4 de novembro de 2024 às 11:25

ValterCunha/Getty Images

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e a Reservas Votorantim, empresa de gestão de biomas e projetos da economia verde da Votorantim, acabam de assinar um acordo pelo estudo de herbívoros e microrganismos da Mata Atlântica.

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O objetivo é encontrar oportunidades econômicas ainda não descobertas na biodiversidade brasileira – sem acarretar a destruição da floresta.

A divulgação foi feita durante a COP16, a Conferência da ONU pela proteção dos ecossistemas. O estudo genético sobre as bactérias, leveduras e fungos contribui para a conservação das espécies de microfauna.

Leo Correa/Glow Media/AP

O CEO da Reservas Votorantim, David Canassa, contou que a parceria se conecta com a estratégia de inovação e desenvolvimento de produtos da companhia. “O trabalho da bioprospecção se baseia muito em descobrir as possibilidades de mercado a partir da biodiversidade", disse.

/Agência Brasil

Além disso, o potencial biotecnológico da parceria ainda analisa se as espécies podem ter um uso na produção de insumos da economia verde, como biocombustíveis e bioquímicos, além de medicamentos e benefícios naturais para a saúde.

Ricardo Teles/

Canassa explica que a linha de pesquisa utilizada trata da geração de energia a partir da decomposição da celulose, por isso, os herbívoros e os fungos – que fazem essa digestão e são tão pouco conhecidos – são objeto de estudo.

“Se quase 80% da biodiversidade global é desconhecida, estamos falando também dos microrganismos, dos herbívoros e dos fungos”, explica Canassa.

Reptile8488/Getty Images

Entre a vida microbiana, a falta de conhecimento é ainda maior. De acordo com Mário Murakami, pesquisador do Laboratório Nacional de Biorrenováveis do CNPEM, 99% da biodiversidade dos microrganismos é desconhecida.

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