ESG

Proteção da biodiversidade nos mares e oceanos é 1º grande acordo da COP16

Letícia Ozório

4 de novembro de 2024 às 11:47

Alexander Zemlianichenko/AFP

“O relógio está correndo, e é nossa sobrevivência que está em jogo”, disse Antonio Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas durante entrevista à imprensa. Para o líder, o fim da Conferência da ONU é o momento de transformar as promessas em ações.

Divulgação/null

A noite desta quarta-feira, 30, no entanto, foi marcada pelo primeiro grande acordo global, tratando sobre a identificação e conservação de áreas marinhas de importância biológica ou ecológica.

O tema já estava nas discussões da COP da biodiversidade há oito anos, e seu acordo representa um avanço da discussão sobre a diversidade biológica para além dos continentes e no aumento da governança dos países sobre seus territórios ultramarinos.

Luis Acosta/AFP

Susana Muhamad, ministra do meio ambiente da Colômbia e presidente da COP16, afirmou que a decisão representa o primeiro grande passo da COP16 no atingimento das metas do Marco Global Kunming-Montreal, que estabelece 23 objetivos pela biodiversidade global.

João Rodrigues/Divulgação/Oceanographic Magazine/

Pesquisadores de diversas regiões do mundo serão indicados para determinar as áreas prioritárias dentro dos critérios da diversidade biológica. Ainda nos próximos dias, um grupo de trabalho selecionará os critérios para garantir a transparência na escolha das áreas.

“Esse compromisso firmado hoje nos permitirá proteger áreas-chave para o planeta, garantindo que os oceanos, grandes reguladores climáticos, tenham uma forte defesa global”, disse.

/AFP Photo

O financiamento para os estudos científicos será providenciado por Alemanha, Bélgica, Canadá, Noruega e Suécia. A ONU ainda prestará suporte à execução dos planos para garantir que a jurisdição no acesso à biodiversidade marinha não seja um impedimento à iniciativa.

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