ESG

Por que a Nexa, do Grupo Votorantim, quer criar inovação sem patentes

Sofia Schuck

14 de agosto de 2024 às 15:43

Economia circular, produtividade, impacto positivo e descarbonização: estes são os quatro principais legados que a Nexa Resources – mineradora de zinco que faz parte do Grupo Votorantim – quer deixar para a sociedade.

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O desafio é conciliar este propósito com a mineração, atividade de enorme impacto ambiental e social. Como essa cadeia de produção pode se tornar mais sustentável e atraente?

Para o gerente de inovação da empresa no Brasil, Caio Van Deursen, o caminho existe e pode ser obtido por meio da inovação. Para ele, o maior desafio é fazer com que a mineradora seja uma catalisadora do desenvolvimento social, econômico e ambiental nos locais onde está inserida.

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Em 2017, a Nexa buscava alavancar este impacto e lançou uma plataforma de inovação aberta, batizada de Mining Lab. A proposta é encontrar soluções em parceria com startups, universidades, pesquisadores e grandes companhias, e compartilhá-las com toda a indústria, sem patentes.

O laboratório já produziu inovações que são usadas em larga escala. Em parceria com a WXO, especialista em resíduos e biomassa, o Mining Lab desenvolveu um bio-óleo a partir de resíduos de eucalipto -- que substitui o combustível fóssil na produção de óxido de zinco.

Divulgação / Nexa/Acervo

Em 2024, a mineradora bateu a marca de 1 milhão de litros de bio-óleo utilizado, com a produção de 3 mil toneladas de óxido de zinco.

A ideia é que a solução se torne vitrine para outros players do mercado. “Estamos buscando desenvolver contratos com fornecedores e fazer com que outras empresas usem o combustível, estabelecendo escala suficiente para que se torne um padrão na indústria", disse Deursen.

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