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Peixe amazônico, introduzido em reservatório paulista, vira predador de espécies nativas

Agência Fapesp

20 de junho de 2024 às 14:47

Foto: Embarcação no Rio Amazonas (Leandro Fonseca/Exame)

O peixe amazônico conhecido como corvina ou pescada-branca (Plagioscion squamosissimus) é o mais provável responsável por uma queda acentuada na diversidade de espécies nativas no reservatório Jaguari.

Foto: Rio Jaguari, em Jaguariúna, SP (Divulgação/)

Também é responsável pela queda na diversidade no rio Jaguari, e no rio do Peixe, parte do Sistema Cantareira e da bacia do Paraíba do Sul.

A conclusão é de um estudo publicado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) na revista Biological Invasions.

As análises foram possíveis a partir de dados coletados para o monitoramento da fauna de peixes pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), no qual a espécie passou a ser registrada no reservatório a partir de 2001.

Foto: peixe corvina (ou peixada branca) (Divulgação/Getty Images)

Os dados analisados vão até 2016. Em apenas dez anos, a corvina se tornou a espécie mais abundante do reservatório.

“Apesar de amplamente distribuído em reservatórios para geração de energia hidrelétrica em todo o Brasil, não se sabia os efeitos que esse predador poderia causar às espécies nativas", conta Aymar Orlandi Neto, primeiro autor do estudo.

Foto: Universidade Estadual Paulista (UNESP) (Wikimedia Commons/)

O trabalho integra seu projeto de doutorado, conduzido no Instituto de Biociências de Botucatu (IBB-Unesp) com bolsa da Fapesp.

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