9 de outubro de 2024 às 11:27
Entre as populações mais afetadas pelas mudanças climáticas estão as crianças e os adolescentes. De acordo com a pesquisa de 2022 da UNICEF (Crianças, Adolescentes e Mudanças Climáticas no Brasil), o Brasil tem 40 milhões de crianças em risco climático ou ambiental.
As temperaturas extremas também impactam mais as gerações atuais do que as passadas, aponta outro estudo da UNICEF. 33 milhões de crianças brasileiras enfrentam ao menos o dobro de dias de extremo calor ao ano na comparação com os seus avós.
Mas quais as percepções dos mais jovens sobre as mudanças climáticas e ambientais? Essa é a proposta de uma pesquisa elaborada pela Clínica de Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da União Marista do Brasil.
O estudo mostra que 75% das crianças e adolescentes acreditam que a população é atingida de forma desigual pelas mudanças climáticas, sendo mais impactadas as comunidades periféricas e de difícil acesso.
Os jovens também acreditam que os efeitos climáticos extremos são uma ameaça para as próximas gerações, informação apontada por 79% dos entrevistados.
Para Ir. Natalino Guilherme de Souza, presidente do Conselho Administrativo do Marista Brasil, os resultados mostram a importância da escola enquanto local de discussões climáticas e ambientais. "As crianças em situação de vulnerabilidade são as que menos são ouvidas", conta.