ESG

Ministro dos Transportes se diz preparado para enfrentar novos eventos climáticos extremos

Letícia Ozório

31 de julho de 2024 às 13:37

Para o ministro Renan Filho, o Ministério dos Transportes está preparado para reagir aos eventos climáticos extremos, como no Rio Grande do Sul. “O desafio de enfrentar uma crise climática é multidisciplinar. Nosso ministério certamente está preparado", conta.

Leandro Fonseca/Exame

Renan Filho apontou que a estratégia da sua gestão é seguir acima da faixa de investimentos feitos pelo Ministério da Infraestrutura durante o último governo, do ex-presidente Jair Bolsonaro. A expectativa de investimentos da pasta é de R$ 18 bilhões até o fim deste ano.

“A retomada de investimentos já traz resultados na área de transportes. A quantidade de rodovias consideradas ótimas quase dobrou, saindo de 12% e chegando em 23% em junho de 2024”, conta. Os dados apontados por ele ainda apontavam que 71% das pistas eram consideradas ruins.

Hollie Adams/Bloomberg/Getty Images

A previsão de investimentos vai contra as últimas decisões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após arrecadação abaixo do esperado, o governo anunciou R$ 3,8 bilhões em contingenciamento e outros R$ 11,2 bilhões sob bloqueio.

De acordo com Renan Filho, a expectativa é atingir R$ 32 bilhões investidos na área de transporte em dois anos de governo. "As mudanças climáticas têm nos obrigado a fazer obras mais resilientes, que são mais caras, mas também mais duradouras", conta.

Wikimedia Commons/Wikimedia Commons

O reposicionamento da pasta frente às necessidades climáticas também foi debatido pelo ministro. O projeto AdaptaVias busca avaliar os impactos da infraestrutura de transporte brasileira nas mudanças do clima. O Ministério também lançou um projeto para implementar o free flow.

“O objetivo é reduzir paradas, o que garante menos emissões de gases poluentes, menos acidentes, facilidade para pagamento e barateamento nas tarifas”, explica Filho. O processo é feito em parceria com as concessionárias para avaliar a aplicabilidade e mitigação de impactos.

Flávio Santana/

Renan Filho destacou a importância das concessões e dos investimentos privados para melhorar a atuação dos gastos públicos. “No Brasil, as quantias investidas por fontes privadas foram muito abaixo da necessidade nos últimos anos", conta.

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