17 de setembro de 2024 às 11:52
Mudar a vida de crianças e adolescentes que encaram de perto a morte: é com essa missão que a Fundação Make-A-Wish, organização americana do terceiro setor, atua desde a década de 1980.
A organização tem o intuito de realizar sonhos de jovens que sofrem com doenças graves, unindo médicos, doadores, patrocinadores e mais de 32 mil voluntários na melhoria da qualidade da vida de meninos e meninas.
Até o momento, 585 mil sonhos já foram realizados. Por isso, a Make-A-Wish tem metas ousadas de crescimento: A organização espera dobrar o seu total de financiamentos anuais, chegar a 50 mil sonhos por ano e atuar em mais 10 países (além dos 50 já presentes) até 2030.
O CEO da organização, Luciano Manzo, contou à EXAME sobre sua carreira, os planos e a atuação de uma das maiores ONGs do mundo.
"Depois de tantos anos no setor corporativo, decidi que era hora de fazer algo com mais impacto social. Gosto de dizer que passei de lucros para relevância", explica.
Ele descreve que o propósito da ONG é mudar a vida das crianças, gerando efeitos psicológicos e físicos positivos no tratamento dos jovens que enfrentam doenças graves.
Sobre a temática da morte e do luto, Manzo explica que a minoria das crianças atendidas "vão para o céu", e que o tema não deve ser visto como um tabu.
Ele explica que os sonhos mais comuns são de "ter" algo. "Muitas pedem por um celular ou tablet para que possam voltar aos estudos. Se uma criança passa seis ou sete meses no hospital, separada dos amigos, da escola, da família, um telefone é um meio vital de comunicação", conta.
O executivo ainda explica que o Brasil é um mercado estratégico na região, e que a cada ano, 30 mil crianças brasileiras poderiam ser elegíveis a um desejo. "O potencial é enorme e garantimos que faremos todo o possível para apoiar o progresso aqui", afirma.