9 de outubro de 2024 às 10:44
A China é a maior produtora e exportadora de kits fotovoltaicos do mundo, representando atualmente cerca de 80% de todos os painéis solares e equipamentos importados pelo Brasil -- parte pela infraestrutura industrial altamente competitiva no setor.
A Helte, empresa de geração distribuída que atua no segmento de energia solar do grupo HLT, quer mudar essa realidade e reduzir a dependência do Brasil das tecnologias chinesas.
Pensando nisso, a companhia investirá 100 milhões de reais até 2025 para adquirir 40 mil painéis solares fabricados pela Sengi no Brasil.
A intenção é fortalecer a produção nacional, e consequentemente, impulsionar o mercado brasileiro de renováveis. Até agora, já foram investidos R$ 25 milhões.
Com o investimento, a empresa pretende aumentar a comercialização de módulos nacionais dos atuais 5% para 20% no próximo ano.
"Nossa intenção é ter uma parceria competitiva em termos de valores e investimentos, pois hoje a China detém toda a cadeia de produção desses equipamentos – desde as células, cabos, até a estrutura de alumínio que compõe os módulos fotovoltaicos", disse Junior Helte, CEO do HLT.
Líder em renováveis e sexto maior produtor global de energia solar, o Brasil é um mercado em expansão e tem o potencial de se tornar um provedor de soluções para o mundo em transição energética.
Embora a solar já esteja muito consolidada, outras tecnologias, como o hidrogênio verde, ainda precisam ganhar escala, reiterou Junior.
Além de impulsionar o mercado, a produção local garante maior proximidade com os consumidores e a possibilidade de incentivos financeiros — através de programas como os do BNDES.