28 de março de 2024 às 23:20
“Já ouviu falar em Ada Rogato?”, pergunta Rafael Daré, empresário do ramo imobiliário. Diante da negativa, ele explica: “Foi a primeira aviadora brasileira. Ela partiu da Terra do Fogo e foi até o Alasca voando em um ‘cesninha’”.
Para os desconhecedores do mundo da aviação, “cesninha” é um monomotor produzido pela Cessna, empresa americana líder em aeronaves de pequeno porte.
Uma viagem dessas seria desafiante hoje, com toda a tecnologia embarcada até nos pequenos aviões. Ada concluiu o voo em 1951, sozinha.
Um pedaço da história da aviação brasileira, que poderia estar inspirando mais pessoas a se apaixonarem pela aviação, se perdeu. “Para pessoas como eu, é como se um carro do Ayrton Senna estivesse esquecido em um estacionamento”, compara.
Daré e um grupo de amigos, todos fanáticos pelo ar, tentam evitar que o destino de aviões históricos, como o de Ada Rogato, seja o ferro velho.
Por operantes, entenda-se, eles querem voar com aviões das décadas de 30 e 40. Além de Daré, o grupo é formado pelos empresários Fernando Crescenti, Cristiano Oliveira, Thiago Sabino e pelo executivo Daniel Cagnacci.
Na garagem de Daré em Atibaia, encontra-se uma dessas relíquias – ou ao menos partes dela.