3 de outubro de 2024 às 16:51
Os direitos humanos e as condições de trabalho são os temas mais relevantes na atuação ESG das empresas de moda, aponta o benchmarking de ESG do setor, elaborado pela escola de negócios Fundação Dom Cabral.
O material, lançado nesta quinta-feira (3) e divulgado em primeira mão à EXAME, avalia relatórios de sustentabilidade de empresas brasileiras e estrangeiras.
Nas empresas brasileiras, as prioridades foram: Direitos Humanos e Condições de Trabalho; Diversidade e Igualdade; Resíduos e Efluentes e Emissões e Mudanças Climáticas.
Para Heiko Spitzeck, diretor do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral, o cenário brasileiro da sustentabilidade na moda se assemelha com o que acontece no restante dos países.
No restante do mundo, os temas mais importantes são: Direitos Humanos e Condições de trabalho; Diversidade e Igualdade; Ética, Transparência e Integridade e Emissões e Mudanças Climáticas. Por último, aparece a Economia circular.
Na comparação entre as empresas nacionais e internacionais, o professor destaca que as internacionais são mais pressionadas a expor sua atuação de forma mais transparente, motivo que coloca a ética como um dos tópicos prioritários.
A clareza sobre as métricas ambientais e sociais é, segundo o professor, um dos mecanismos mais usados por investidores para direcionar suas ações.
“O investidor prefere direcionar suas economias para empresas com problemas que sabe que pode resolver, e não naquelas em que nem se sabe quais problemas estão ali”, conta.
As empresas nacionais que se destacaram no relatório foram: Renner, Riachuelo e C&A. Entre as estrangeiras, as que melhor figuraram foram: GAP Inc., H&M, Puma, PVH e Zara.