4 de novembro de 2024 às 12:09
Embora ainda distante do que é necessário para apoiar as metas estabelecidas para proteção da biodiversidade, o dia temático de financiamento na COP16 em Cali, na Colômbia, foi marcado por um avanço: sete países anunciaram US$ 163 milhões para o Fundo Global de Biodiversidade.
São eles: Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido e a primeira contribuição subnacional, vinda da Província de Quebec.
O investimento se soma a outros US$ 407 milhões prometidos anteriormente e tentam caminhar para preencher uma lacuna de US$ 200 bilhões anuais para a conservação e uso sustentável da natureza até 2030.
Entre as metas específicas do Marco Global da Biodiversidade (GBF) firmado na COP15 em Montreal, também está o financiamento de US$ 20 bilhões anuais para nações em desenvolvimento até 2025, e que sobe para US$ 30 bilhões até 2030.
O GEF, estabelecido em 2022, teve inicialmente o apoio de Canadá, Japão, Luxemburgo e Espanha.
Para Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-Brasil, as contribuições são bem-vindas e demonstram uma disposição crescente para financiar a proteção da biodiversidade. "No entanto, o desafio que temos pela frente exige uma escala muito maior de investimentos", disse.
Para além das promessas, o especialista defende ser fundamental uma definição de mecanismos inovadores e efetivos para mobilizar os US$ 200 bilhões anuais estabelecidos pelo marco até 2030.