ESG

COP16: Brasil busca novo modelo de financiamento da biodiversidade, diz Marina Silva

Letícia Ozório

4 de novembro de 2024 às 11:41

JOAQUIN SARMIENTO/AFP

Os avanços e as negociações entorno da participação brasileira na COP16, a Conferência da ONU sobre a biodiversidade, foram detalhados na manhã desta quinta-feira, 31, pela ministra do meio ambiente Marina Silva.

Felipe Werneck/MMA/Divulgação

O financiamento necessário para garantir a manutenção da biodiversidade é um dos pontos que, segundo Marina Silva, estão aquém do necessário. “Chegamos a cerca de US$ 200 milhões voltados a proteção dos ecossistemas, valor muito inferior ao necessário", disse.

"Há ainda a promessa de atingirmos US$ 407 milhões no Fundo Global da Biodiversidade”, afirmou. A ministra afirmou que o trabalho inclui garantir o acesso por países em desenvolvimento e megadiversos.

Leandro Fonseca/Exame

Marina Silva ainda afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca uma reforma nos mecanismos multilaterais de financiamento, uma vez que as fontes financeiras globais podem não atender às necessidades do Sul Global.

Gabriel Caram/Perfin/Divulgação

“Queremos um mecanismo novo de financiamento no espaço das iniciativas privadas, não apenas em doações. Assim, não terá um grande peso o pagamento dos países desenvolvidos, já que esse recurso viria das empresas. Não é uma doação, é um pagamento”, reforçou.

De acordo com a ministra, a prioridade do Brasil é que as negociações determinem uma remuneração justa às populações tradicionais, indígenas e afrodescendentes pelo seu trabalho nos saberes e domínio dos recursos genéticos da biodiversidade.

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A cooperação entre as três conferências das ONU – além da COP da biodiversidade, também existem a do clima e a contra a desertificação – também foi citada pela ministra. O objetivo é que haja mais sinergia entre as convenções, de forma que atuem em uma forte colaboração.

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