ESG

COP16: banco de dados da diversidade genética pode ajudar a salvar espécies

Letícia Ozório

5 de novembro de 2024 às 09:00

Arife Karakum/Anadolu/Getty Images

A genética entrou no centro do debate da Conferência das Nações Unidas sobre a biodiversidade, a COP16. O tema, por vezes muito concentrado entre acadêmicos, é essencial para a garantia de conhecimento científico sobre as espécies animais e botânicas.

Susana Muhamad, presidente da COP16 e ministra do meio ambiente da Colômbia, teceu algumas críticas sobre a atual regulação aplicada a propriedade intelectual dos materiais.

Luis Acosta/AFP

“Estamos falando de informação genética de animais e plantas, sequenciadas e armazenadas em bases de dados digitais. As empresas que utilizam esses recursos comercialmente nem sabem de onde provêm”, disse Susana.

A presidente da COP fez ainda um apelo pela melhoria da regulação desses recursos na Colômbia, salientando que apesar da existência dos tratados internacionais, há muito trabalho a ser feito dentro dos países para beneficiar as comunidades locais.

Andriy Onufriyenko/Getty Images

Susana anunciou que o Ministério da Ciência e Tecnologia atuará em conjunto com o governo do presidente Gustavo Petro para a criação de um banco de dados nacional em nuvem, garantindo que as informações genéticas estejam disponíveis.

De acordo com Sean Hoban, presidente da Coalização pela Conservação Genética, este é um passo positivo para a conservação dos dados e não somente pelo uso comercial. “Acredito que isso pode alavancar a preservação da diversidade biológica na Colômbia", disse.

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