ESG

Brasil é a “menina de ouro” da transição energética, diz Luiza Demôro da BloombergNEF

Sofia Schuck

9 de setembro de 2024 às 16:07

Leandro Fonseca/Exame

Uma dose de otimismo e outra de preocupação: é assim que Luiza Demôro, chefe global de Transição Energética na BloombergNEF, se sente em relação ao momento do Brasil frente à descarbonização do setor energético.

Maria Wachala/Getty Images

Em entrevista exclusiva à EXAME, a executiva contou suas “ansiedades específicas” em relação ao país, ao mesmo tempo em que entende seu potencial para liderar a agenda de renováveis e ser um provedor de soluções e tecnologias verdes a nível global.

/Getty Images

“O mundo está mirando em Belém e o Brasil é a menina de ouro”, disse na entrevista exclusiva, referindo-se à COP30 de 2025.

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Embora quase 90% da energia brasileira já seja renovável, desafios persistem na escalabilidade de novas tecnologias -- como é o caso das voltadas a produção de hidrogênio verde.

Leandro Fonseca/Exame

“Não temos que colocar a COP como a esperança de tudo. Mas é o momento em que teremos o mundo inteiro olhando para nós. Em poucos países há essa oportunidade única, como aqui, de ser líder em energia limpa, hidrogênio, combustível de aviação e biodiversidade", disse Demôro.

Reuters/

A preocupação é que expectativas altas na COP30 no Brasil atrapalhem avanços necessários que já deveriam estar no cerne da COP29, realizada neste ano no Azerbaijão.

Mike Blake/Reuters

A meta global de limitar o aquecimento a 1,5ºC não é mais viável, segundo as projeções da BloombergNEF. O foco mundial agora é em 1,75ºC até 2050.

WLADIMIR BULGAR/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images

O Brasil é peça-chave para a descarbonização mundial e sua transição energética depende especialmente de avanços em hidrogênio verde e biomassa, apesar dos desafios geopolíticos.

Brasil é a “menina de ouro” da transição energética, diz Luiza Demôro da BloombergNEF