21 de novembro de 2024 às 18:13
Já é unanimidade que os desafios impostos pelas mudanças climáticas exigem um financiamento na casa de trilhões de dólares e uma 29º Conferência do Clima da ONU bem-sucedida depende deste acordo global.
Mas para chegarmos lá, especialistas tem reforçado a necessidade de uma combinação de diferentes fontes de investimentos públicos e privados.
Neste sentido, a COP29 em Baku, no Azerbaijão, trouxe um sinal positivo dos maiores bancos multilaterais de desenvolvimento do mundo: um compromisso de financiar US$ 120 bilhões até 2030 para o clima -- um aumento de cerca de 60% em relação ao montante em 2023.
Embora ainda seja longe dos trilhões, o compromisso sinaliza o apoio das instituições financeiras na mobilização dos fundos para ajudar as economias emergentes a reduzirem suas emissões e investirem em adaptação climática e cidades mais resilientes.
Além disso, o grupo que inclui o Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimento e o Banco Intramericano de Desenvolvimento também projetaram mobilizar mais US$ 65 bilhões do setor privado até o final desta década.
Nesta quarta-feira (13), o BID e seu braço para o setor privado, BID Invest, anunciaram uma ampliação nos investimentos para US$ 11,3 bilhões até 2030 na América Latina e Caribe, com foco em aumentar a ação climática na região.
Em nota, o banco destacou que pretende atingir 50% em financiamento verde e climático, enquanto o BID Invest projeta 60%, incluindo a mobilização de capital privado. Em 2023, o valor era de US$ 7,5 bilhões.