27 de maio de 2024 às 18:29
Os hondurenhos voltaram a usar máscaras e ao trabalho remoto voluntariamente devido à intensa poluição do ar causada por incêndios florestais e outros fatores ambientais, informaram as autoridades locais.
"Se você sair [de casa], use uma máscara" e "sua saúde vem em primeiro lugar" são as recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde em sua conta no X.
Enquanto isso, a agência de gerenciamento de risco Copeco declarou "alerta vermelho" esta semana em seis dos 18 departamentos de Honduras devido à poluição.
A densa camada de fumaça que cobre Tegucigalpa, a capital, mal permite ver os prédios, enquanto nos hospitais e centros de saúde o número de pacientes com doenças respiratórias aumentou, de acordo com fontes médicas.
"Atualmente, temos uma camada de fumaça que está causando uma diminuição da visibilidade, muita poluição ambiental (...) no centro de Honduras e em parte do leste e é por isso que temos um alerta vermelho", explicou o diretor de Assuntos Atmosféricos da Copeco, Francisco Argeñal.
As correntes [de ar] do sul e do norte [do continente] acabam convergindo para Honduras", disse à AFP Daniela Hernández, técnica do Instituto de Conservação Florestal (ICF), órgão estatal.
Nesse sentido, Daniela explicou que a poluição "de outros países, como México e Guatemala", resultante de "incêndios florestais", produz "uma carga considerável" de poluentes no país.
A técnica do ICF acrescentou que "em nível global, diz-se que essas correntes de ar estão se movendo, isso é muito normal, mas agora o que mais nos afeta é que a cadeia de poluentes é maior", o que se soma à "ausência de chuva".
A isso se adicionam as "partículas de diferentes poluentes que geramos todos os dias", como "ares-condicionados, veículos, indústria, aerossóis, lixo, energia", lamentou.