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19 de março de 2025 às 09:45
A Argentina está se consolidando como um importante agente no setor de óleo e gás na América Latina, com ambições de expandir suas operações globalmente via exportação de gás natural liquefeito (GNL).
A principal razão é a exploração do recurso na região de Vaca Muerta, na província de Neuquén, que abriga a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo, além de 16,2 bilhões de barris de petróleo recuperáveis.
Esse total é equivalente a cerca de 30% das reservas do pré-sal brasileiro. Em 2024, Vaca Muerta representou 55% da produção de petróleo e 50% da produção de gás da Argentina.
O avanço da exploração tem sido impulsionado por investimentos do setor privado e do governo. Um exemplo é o gasoduto Perito Francisco Moreno, concluído em julho de 2023.
Com 573 km de extensão e investimentos de US$ 2,5 bilhões, o local permitiu o transporte de gás para a Grande Buenos Aires.
O cenário futuro é promissor, com diversas iniciativas em infraestrutura de GNL. A Golar LNG firmou um contrato de 20 anos com a Pan American Energy (PAE) para implantar uma embarcação de liquefação flutuante até 2027.
Paralelamente, a YPF SA, estatal argentina, planeja um projeto similar a ser implementado no mesmo ano, além de ter fechado uma parceria com a Shell para o projeto "Argentina LNG" no Rio Negro.
Com investimentos estimados em US$ 50 bilhões, o projeto pode posicionar a Argentina entre as cinco maiores exportadoras de GNL do mundo.