ESG

70% das empresas não têm métricas para combater discriminação por idade

Letícia Ozório

1 de outubro de 2024 às 14:21

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O etarismo, ou seja, a discriminação a partir da idade ou geração, não é medido com indicadores claros em 70% das empresas.

Os dados derivam da pesquisa “Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações”, realizada pela consultoria Robert Half e a startup Labora. Os dados apontam para a dificuldade das companhias em metrificar seus avanços e retrocessos no combate ao preconceito.

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Em 2023, 80% das empresas não mediam seus esforços contra o etarismo, o que aponta para uma leve melhoria no cenário atual. O estudo avalia que, sem dados, é impossível identificar problemas e implementar soluções eficazes.

A retenção de profissionais acima dos 50 anos também é vista com preocupação pela pesquisa. 61% das empresas não possuem medidas específicas para reter esses talentos, como monitoramento do desenvolvimento de suas carreiras.

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Essa taxa, apesar de uma melhora singela em relação ao ano passado (quando 71% das empresas não tinham ações), ainda revela uma carência de políticas eficazes.

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63% das empresas afirmam nunca ter presenciado casos dessa discriminação, mas o dado contradiz que 45% delas acreditam haver disparidade nas oportunidades de desenvolvimento entre gerações.

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Além disso, 23% percebem dificuldades para profissionais mais jovens ou mais velhos em acessar oportunidades de desenvolvimento.

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Entre profissionais desempregados, 2 em cada 3 afirmam que o etarismo é o principal obstáculo para voltarem ao mercado de trabalho.

Os entrevistados também avaliaram a importância do letramento e conscientização para o debate, incluindo a oferta de treinamentos sobre o tema para a liderança (apoiado por 67%) e palestras para os colaboradores (66%).

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A falta de conscientização e as dificuldades nas relações intergeracionais causam atritos no ambiente de trabalho, com 30% das empresas relatando conflitos entre gerações.

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A pesquisa mostrou que 77% das empresas não possuem iniciativas intencionais para contratar profissionais mais maduros, como treinamento do RH, divulgação de vagas afirmativas e em plataformas voltadas à diversidade.

Para Sérgio Serapião, CEO da Labora, é necessário promover a conscientização sobre o etarismo e investir em treinamentos para todos os funcionários.

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