Economia

Queda nos preços da conta de luz e dos alimentos: o que explica a primeira deflação do ano

André Martins

10 de setembro de 2024 às 10:49

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), indicador que é a inflação oficial do Brasil, fechou o mês de agosto com queda de 0,02%, uma desacaleração de 0,40 ponto percentual após o avanço de 0,38% em julho.

Essa é a primeira deflação desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%. O IPCA acumula alta de 2,85% no ano e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

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Em agosto de 2023, a variação havia sido de 0,23%. O dado veio levemente abaixo da expectativa do mercado, que esperava alta de 0,01% no mês e avanço de 4,30% no acumulado dos últimos 12 meses.

Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pela queda em Habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e Alimentação e bebidas (-0,44%). Juntos, os dois grupos representam 36,53% do IPCA completo

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André Almeida, gerente da pesquisa, afirma que a mudança de bandeira tarifária da energia como fator preponderante para explicar o resultado de queda do grupo Habitação. 

Em agosto, o setor de alimentação e bebidas registrou queda de 0,44%, com destaque para a alimentação no domicílio, que apresentou [grifar] um recuo de 0,73% [/grifar], marcando o segundo mês consecutivo de baixa, após a redução de 1,51% em julho.

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A alimentação fora do domicílio apresentou variação de 0,33%, um leve recuo em relação ao registrado em julho, que foi de 0,39%. O subitem lanche desacelerou, passando de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição mostrou aceleração, subindo de 0,24% para 0,44%.

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