15 de fevereiro de 2024 às 12:03
O azeite, item que antes era considerado 'comum' na lista de compras dos brasileiros, passou a ser 'luxo' para grande parte dos consumidores. E não é para menos: o preço alcançou o maior patamar dos últimos sete anos.
E não deve parar por aí. Uma garrafa de azeite de oliva virgem foi de R$ 24,96 no ano passado para R$ 31,66 este ano, enquanto o extra-virgem foi de R$ 28,40 para R$ 35,97.
O valor tem pesado no orçamento das famílias e a tendência é que o custo continue alto nos próximos meses diante dos problemas na safra global.
Como toda commodity, a formação de preços do azeite se dá no mercado internacional e a Europa concentra 75% da produção mundial.
A safra global de 2022 foi a pior da história, com queda de 26%, comparada com o padrão histórico. A expectativa era de melhora em 2023, mas isso não tem se confirmado.
Leonardo Johnson Scandola, vice-presidente da Associação Oliva e diretor comercial da marca italiana Filippo Berio, afirma que as mudanças climáticas, com fortes secas, explicam parte significativa da quebra de safra.
“As secas fortes, a falta de chuvas e temperaturas médias maiores direcionam a agricultura para um cenário incerto”, diz Scandola.
Preços continuarão altos no Brasil: Outro problema que tem afetado a produção de azeite é a bactéria Xylella, que acata as oliveiras e leva as árvores a secar.