Clara Assunção
21 de março de 2025 às 09:46
Grandes empresas que atuam no Brasil já começaram a se movimentar para mitigar impactos e aproveitar oportunidades com a reforma tributária, como mostram os exemplos de Mercado Livre, Tigre e IBM
Atentos à transição, os setores empresariais dizem buscar não apenas garantir conformidade regulatória, mas também se posicionar estrategicamente para um ambiente tributário mais competitivo
O Grupo Tigre realizou um trabalho de identificação de impacto e margem nos segmentos da empresa e reformulou o time tributário, agregando profissionais com expertise em Business Intelligence (BI) e análise de dados
Já o Mercado Livre se envolveu nas discussões da reforma tributária desde suas fases iniciais e promove um trabalho interno para disseminar informações sobre a reforma e garantir que todas as áreas estejam alinhadas
"A transição será longa, mas nós tomamos decisões diariamente para infraestrutura e investimentos a longo prazo. Ou seja, temos que trazer um pouco do que nós já sabemos da reforma para o dia de hoje", afirma o CFO do Mercado Livre, João Lima
Na IBM, a preparação para a reforma tributária também acontece desde o início da tramitação. A empresa estruturou um comitê interno multidisciplinar para acompanhar as mudanças e tem apostado no benchmarking
João Batista Ribeiro, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo(IBEF-SP), observa, porém, que embora algumas empresas já estejam avançadas na adaptação, muitas ainda ignoram a necessidade de preparação
Uma pesquisa da Thomson Reuters, divulgada em setembro do ano passado, mostrou que 76% das empresas entrevistadas ainda se encontravam em fase inicial de preparação para a mudança