16 de dezembro de 2024 às 17:55
Cientistas alertam sobre o risco da "vida espelho", micro-organismos sintéticos que podem superar defesas naturais e causar danos irreversíveis a humanos, animais, plantas e ecossistemas.
A "vida espelho" baseia-se na quiralidade, onde moléculas são imagens espelhadas. Esses micróbios poderiam evadir sistemas imunológicos e provocar infecções letais e impactos ecológicos devastadores.
Jack Szostak, Nobel de Fisiologia, afirma que liberar bactérias espelho no ambiente seria um desafio além da capacidade de mitigação humana, agravando riscos globais de saúde e ecossistemas.
Com avanços na biologia sintética e IA, a criação de "vida espelho" pode se tornar viável em 10 anos, segundo Vaughn Cooper. Esses organismos podem sobreviver em condições que antes pareciam impossíveis.
Pesquisadores apontam que bactérias comuns, como E. coli, já conseguem crescer com fontes alimentares não quirais, refutando a ideia de que organismos espelho seriam inviáveis por falta de nutrição.
O artigo sugere medidas como as Diretrizes de Biossegurança de Tianjin, que promovem a colaboração global para regulamentar tecnologias e evitar a criação de micro-organismos sintéticos perigosos.
Embora os benefícios da biologia sintética sejam inegáveis, cientistas destacam a necessidade urgente de regulamentação internacional para evitar desastres biológicos que ameacem toda forma de vida conhecida.