15 de fevereiro de 2024 às 11:38
“Fazer vinho é relativamente simples. Só os primeiros 200 anos são difíceis.” A afirmação pronunciada pela baronesa Philippine de Rothschild resume bem a complexidade de produzir bons rótulos.
Solo, clima e intervenção do enólogo são algumas das variáveis nesse processo e bem conhecidas por Susana Balbo, a primeira mulher enóloga formada na Argentina e que há mais de 40 anos se dedica à produção da bebida.
Ela trabalhou na célebre Bodega Catena Zapata, e em 1999 fundou uma vinícola que leva o seu nome, a primeira construída por uma mulher. No Brasil, seus vinhos chegam pela importadora Cantu. Balbo conversou com exclusividade com EXAME casual.
Como está o mercado do vinho para as mulheres? Tive desafios enormes quando comecei. Precisei trabalhar muito para mostrar que era capaz, e isso não foi fácil. Ainda não vejo muitas mulheres dentro da carreira e menos ainda donas que fundaram a própria vinícola.
Por que os brasileiros gostam tanto de vinho argentino? "Os brasileiros se sentem em casa aqui, o que faz com que a visita aos vinhedos argentinos seja uma experiência emocionalmente marcante."
"Acredito que nós pensamos muito no mercado do Brasil, que gosta de muita madeira. Os vinhos argentinos também combinam bastante com a comida brasileira."
"Uma crítica que faço aos vinhos chilenos é que eles são mais voltados para o mercado dos Estados Unidos.", diz Susana Balbo.