Carreira

Samsung adota regime de 6 dias de trabalho por semana na Coreia do Sul. A medida chegará ao Brasil?

Layane Serrano

25 de abril de 2024 às 16:13

Foto: Crescimento global do mercado de smartphones (AFP/Divulgação)

Na contramão do que muitas empresas estão fazendo ao reduzir ou flexibilizar a jornada de trabalho, a Samsung na Coreia do Sul tomou uma medida drástica: a partir deste mês, todos os executivos e diretores irão trabalhar 6 dias da semana, ou sábado ou domingo.

As medidas foram implementadas para conseguir recuperar o resultado financeiro de 2023 que não alcançou as expectativas globais, segundo o jornal The Korea Economic Daily.

Foto: Samsung-Cisco-Home-Office (Future Publishing / Colaborador/Getty Images)

No acumulado de 2023, a companhia sul-coreana de eletroeletrônicos apresentou um recuo de 72% no lucro líquido e de 14% na receita em comparação com 2022. O lucro operacional também encolheu 85%, sendo o mais fraco desde 2009.

Foto: (sem legenda) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

O resultado negativo do ano passado, segundo a companhia, foi motivado pela queda global de vendas de celulares, notebooks e chips de memória, além da forte desvalorização da moeda local (won).

Foto: (sem legenda) (NurPhoto/Getty Images)

Segundo fontes dos bastidores, a jornada de trabalho de 6 dias não será aplicada aos trabalhadores no Brasil, mas procurada, a Samsung não quis comentar.

O coreano Alex Oh, se mudou para o Brasil aos 9 anos e hoje, aos 40 anos, é assessor consular do Consulado Geral da República da Coreia em São Paulo. Ele explica que o regime de trabalho na Coreia, a princípio, é muito parecido com o do Brasil.

Foto: Sala de escritório (Divulgação/Getty Images)

“O limite considerado pela lei vigente desde 2018 é de 52 horas por semana, em que 40 horas são para o expediente normal e 12 horas são para extras.”

Porém, segundo Oh, o atual governo está discutindo estender essas horas para 69 horas. Apesar da lei atual, Alex diz que na realidade muitas empresas, principalmente as consideradas de menor porte, não seguem à risca a regra trabalhista.

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