8 de junho de 2024 às 12:27
As demissões voluntárias voltaram a crescer no Brasil. Segundo estudo da FGV-Ibre o pedido de demissões atingiu o maior nível em abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020, somando 734.943 demissões a pedido do trabalhador brasileiro.
Por trás da insatisfação estão uma porção de fatores como trabalhadores mais jovens com menos paciência para funções entediantes ou escritórios onde a convivência está longe de atender as suas expectativas.
Uma tendência que reflete essa insatisfação é o “Rage Applying”, ou seja, o comportamento de procurar outro emprego “só de raiva”. A expressão foi dita por um tiktoker canadense em 2023, e desde então o termo tem ganhado força especialmente entre a Geração Z
“Termos como “Lazy Job”, “Quiet Ambition” e agora “Rage Applying” circulam no TikTok, testemunhando uma geração que está rejeitando promoções e combatendo tradições do trabalho em nome do bem-estar”, afirma Lucas Fraga, professor e head de estratégia da BALT
Seguir prospectando vagas enquanto está se empregado não começou com a Geração Z, afirma Fraga. “O fato é que agora isso não se daria por uma decisão mais fria de estar atento a eventuais oportunidades, mas sim à raiva, um sentimento que leva a ações e decisões rápidas”.
Segundo a agência Robert Walters, mais de 60% dos funcionários em Portugal fizeram “Rage Applying” em 2023. Destes, 16% afirmam que o principal motivo foi um desentendimento com um chefe e 15% que foi uma carga extra de trabalho.
Nos Estados Unidos, 90% dos trabalhadores afirmam praticar o “Rage Applying, segundo estudo da Bold deste ano. Quase metade (47%) considera deixar o emprego toda a semana. A principal razão (88%) apontada é o esgotamento.
No Brasil, o principal motivo dos pedidos de demissão, segundo a FGV-Ibre, estão admissões em outros postos de trabalho formais com melhores oportunidades e migração para trabalhos com jornadas mais flexíveis, como por exemplo, empreender seu próprio negócio ou trabalho remoto
Para ver como “Rage Applying” pode ajudar funcionários e empresas a encontrarem o equilíbrio ideal no mercado, veja a matéria da EXAME na íntegra: