2 de agosto de 2024 às 12:55
Beatriz Souza, uma das principais esperanças do judô brasileiro, brilhou nos Jogos Olímpicos de Paris nesta sexta-feira, 2. A judoca subiu no tatame pela quarta vez no dia e, dessa vez, conseguiu o primeiro ouro para o Brasil.
Nascida em Itariri, mas criada em Peruíbe, São Paulo, a atleta se apaixonou pelo judô quando tinha apenas 7 anos. “Eu era uma criança cheia de energia, tentei natação e dança, mas nada me parava, até que eu conheci o judô”.
O primeiro contato com o esporte de luta aconteceu por meio do pai Poseidonio José de Souza Neto, que foi atleta profissional de judô por anos, chegando a participar de diferentes campeonatos nacionais.
“Como eu era o terror em casa, um dia meu pai teve a ideia de me levar para assistir um treino de judô. Eu simplesmente amei ver o pessoal lutando e a grosseria da luta”, disse a atleta em entrevista concedida logo antes de embarcar para Paris.
Desde aquele dia, Beatriz luta judô de segunda a sábado. Começou em um clube de Peruíbe, passou pela Sociedade Esportiva Palmeiras e atualmente é atleta do Clube Pinheiros.
As competições no tatame começaram cedo para a judoca. Passou pelo Sul-Americano e Sul-Brasileiro, e aos 18 anos já estava disputando na categoria sênior em 2016.
“Em 2021, na Hungria, consegui uma das medalhas mais importantes da minha carreira, a primeira medalha no Mundial Sênior”, afirma a atleta que começou e ficou no judô, sem praticar nenhum outro esporte de luta.
Os Jogos Olímpicos de Paris trazem uma grande lição para o mercado de trabalho. Pela primeira vez, o maior evento esportivo do mundo será realizado com total igualdade de gênero nas competições.
Beatriz é uma dessas mulheres que prometem inspirar novas atletas não só a lutar, mas a fazer uma atividade física e a se cuidar.