Carreira

Como combater o “carewashing” e proporcionar qualidade de vida de verdade

Sofia Esteves

6 de setembro de 2024 às 16:52

Thomas Barwick/Getty Images

A sua empresa se preocupa genuinamente com o bem-estar das pessoas ou investe em programas com esse enfoque apenas para dizer que tem?

Começo o meu artigo com essa pergunta porque, recentemente, tive contato com um termo novo que tem a ver com tal questão. Sim, o dicionário corporativo ganhou mais um verbete — só aqui na minha coluna, já falei sobre skill-based, lavender ceiling, quiet quitting e outros.

Cristian Storto Fotografia/Getty Images

A palavra é inspirada no já conhecido "greenwashing" e tem um sentido semelhante: uma abordagem por meio da qual as organizações tentam mostrar que fazem mais em prol da qualidade de vida do que realmente acontece. A famosa propaganda enganosa.

Meu intuito aqui, no entanto, não é explicar a expressão, mas refletir sobre o seu surgimento. Pode parecer banal, mas dar nome às coisas é uma forma de torná-las mais “concretas”. Um exemplo nesse sentido foi o surgimento, lá no final do século 19, do conceito de “adolescente”.

Antes disso, a adolescência não era estudada, analisada, discutida. Dar um nome a essa fase e compreendê-la foi fundamental para sabermos lidar com esse público nos mais diferentes aspectos: do educacional ao social, do psicológico ao médico.

Getty Images/Getty Images

Da mesma forma, nomear um fenômeno que tem sido percebido no contexto do trabalho é uma forma de dar visibilidade a isso. E, no caso do carewashing, combater esse problema.

Precisamos dar nome e falar sobre essa questão não só pelo motivo óbvio de que nenhuma empresa deveria adotar uma prática “só porque está em alta”, mas porque “qualidade de vida” continua sendo uma prioridade para todos os públicos dentro de uma organização.

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