28 de agosto de 2024 às 14:25
Um novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na terça, 27, traz preocupações sobre o aumento do nível do mar em todo o mundo, com destaque para locais do Brasil
Com base em uma estimativa da Nasa, em relatório da ONU, duas cidades no estado do Rio de Janeiro — o distrito de Atafona, em São João da Barra, e a capital, Rio de Janeiro — podem enfrentar uma elevação do nível do mar entre 12 cm e 21 cm até 2050
O documento "Surging Seas in a Warming World: The Latest Science on Present-Day Impacts and Future Projections of Sea-Level Rise" apresenta dados e análises sobre os impactos do aumento dos oceanos, destacando a ameaça crescente para regiões costeiras do mundo
No caso do Brasil, as estimativas foram feitas considerando um cenário de aquecimento global de 3°C até o final do século, um parâmetro que excede as metas estabelecidas no Acordo de Paris
Entre 1990 e 2020, o nível do mar subiu 13 cm em regiões como Atafona e Rio de Janeiro, e as previsões indicam que esse aumento pode alcançar até 21 cm nos próximos 30 anos, o que representa uma média de 16 cm
Esse avanço representa uma ameaça significativa para as infraestruturas e para as vidas das comunidades costeiras de lugares em desenvolvimento, pois a capacidade de adaptação a essas mudanças é limitada
Alerta no Pacífico
As ilhas do Oceano Pacífico são particularmente vulneráveis ao aumento do nível do mar. Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, como as Maldivas, Tuvalu e Kiribati, estão em risco de desaparecer completamente se o mar continuar a subir
Planeta Terra mais quente
O relatório da ONU ressalta que a Terra está ficando mais quente em grande parte devido à queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, que liberam gases de efeito estufa na atmosfera
Esse fenômeno ocorre principalmente por dois processos: a expansão térmica dos oceanos, que responde por 40% do aumento, e o derretimento das calotas polares, que adiciona mais água aos oceanos
A manutenção das metas de aquecimento global abaixo de 1,5°C é essencial para evitar consequências devastadoras, mas o tempo para ação está se esgotando