10 de julho de 2024 às 18:30
Estudo do Ipea mostra que o agronegócio nacional tem garantido superávits para a balança comercial desde 1989
Desde 2008, durante a crise financeira global, o Brasil tem registrado consistentes déficits no saldo não agropecuário de sua balança comercial, enquanto os superávits têm sido impulsionados pelos produtos do agro
Em 2022, esses produtos responderam por 42% das receitas obtidas pelas exportações brasileiras em dólares. Em contraste, essa proporção era próxima de 25% em 1989
Entre 1989 e 1994, resíduos de indústrias alimentares, café e mates, preparações de hortícolas, sementes e oleaginosos, e tabaco e seus manufaturados dominavam, correspondendo a 65% das exportações do agro
Já de 2014 a 2022, sementes e oleaginosos, carnes e miudezas, açúcares e confeitaria, resíduos de indústrias alimentares e cereais assumiram a liderança, respondendo por 75% dos embarques nesse período
A pesquisa observou uma diminuição significativa nos gastos com importações de alimentos ao longo do tempo. Em 1989, esses gastos representavam em média 12% das importações totais do Brasil; Em 2022, caiu para 5%
Quanto ao futuro, o estudo projeta que produtos como algodão, soja, milho, carnes (suína, bovina e de frango) e frutas, especialmente manga, serão os mais dinâmicos em termos de capacidade exportadora do Brasil nesta década