10 de junho de 2025 às 16:41
Em meio aos efeitos do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), presidentes dos grandes bancos brasileiros ressaltaram a urgência de um debate mais profundo sobre a política fiscal do país, visando mitigar potenciais impactos negativos na economia brasileira.
Durante a abertura da Febraban Tech 2025, realizada nesta terça-feira, 10, eles enfatizaram a necessidade de um diálogo construtivo para evitar medidas prejudiciais e garantir um equilíbrio fiscal sustentável.
Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, reiterou que o banco sempre defendeu que o debate sobre o IOF deve focar no equilíbrio das despesas e não apenas na receita. "Nós não simplesmente criticamos, mas tentamos influenciar positivamente em prol da nossa sociedade".
Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual enfatizou que é inevitável que o Brasil revise sua estrutura de despesas orçamentárias. "Se isso não ocorrer, o arcabouço fiscal vigente não será sustentável a partir de 2026, , resultando em maior ineficiência e aumento do custo Brasil".
Sallouti ainda fez uma analogia com as empresas, o governo também precisa revisar suas despesas e buscar eficiência. "O governo tem o privilégio de ser um monopólio de tributar, mas até nisso esse monopólio acaba não funcionando, pois a sociedade reage", completou.
Milton Maluhy, presidente do Itaú, convidou todos a somarem forças por um país melhor, destacando a importância de um trabalho ético e responsável. "Deixe a polarização de lado e foque no que é melhor para o país", concluiu Maluhy.
Mario Leão, presidente do Santander, também destacou a importância de transformar os debates sobre equilíbrio fiscal em reformas estruturantes, com evolução significativa a partir de 2026. "O sistema financeiro tem um papel importante nesse debate e tem sido proativo", disse Leão