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Brasil sai ‘vencedor’ em tarifaço, mas incerteza global deve pesar na Bolsa

Raquel Brandão, Natalia Viri

3 de abril de 2025 às 11:56

Win McNamee/AFP

O Brasil foi um dos países menos taxados pelo governo americano – e, numa análise relativa, saiu ‘vencedor’ em meio ao tarifaço sem precedentes anunciado ontem por Donald Trump no seu “Dia da Libertação”.

da-kuk/iStockphoto

Mas a verdade é que o panorama geral das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos foi muito pior do que o cenário mais pessimista. Trata-se de um rearranjo de todo o processo de globalização que pautou o mundo nas últimas décadas.

E pior: em vez de aliviar as incertezas que vem rondando os mercados desde o início do governo Trump, adicionou uma camada espessa de dúvidas.

Daniel Acker/Bloomberg/Getty Images

“Acreditamos que o mercado espera tarifas sobre produtos selecionados, mas tarifas generalizadas serão uma surpresa negativa", tinha escrito a equipe do Bank of America Merrill Lynch (BofA) em relatório.

E que surpresa! Na prática, a tarifa média dos EUA deve subir de aproximadamente 5% para pouco mais de 20%, um patamar que não é visto pelo menos desde 1936, segundo o Bradesco BBI.

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