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TikTok remove mais músicas da Universal da plataforma, incluindo obras de compositores

Rede social estima que até 30% do que chama de "músicas populares" podem sair do app

TikTok: impasse da rede social com a Universal pelo pagamento de royalties se dá por discordância no pagamento de royalties (Dan Kitwood/Getty Images)

TikTok: impasse da rede social com a Universal pelo pagamento de royalties se dá por discordância no pagamento de royalties (Dan Kitwood/Getty Images)

Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 07h47.

Mais músicas da Universal Music Group começaram a ser removidas do TikTok na última terça-feira, 27, segundo a própria rede social. O aplicativo já havia silenciado músicas de artistas contratados pela gravadora, mas agora também está fazendo o mesmo com obras de compositores.

O vasto grupo de escritores do grupo inclui nomes como Adele, Justin Bieber, Mariah Carey, Ice Spice, Elton John e Bernie Taupin, Metallica, Metro Boomin, Harry Styles, Taylor Swift, SZA, the Weeknd, etc.

O TikTok estima que até 30% do que chama de "músicas populares" podem sair da plataforma.

A disputa entre uma das maiores redes sociais do mundo e um dos titãs da indústria da música começou no início do mês. A música da Universal estava licenciada para o TikTok até o início deste ano - mas eles deixaram a licença expirar depois de não conseguirem chegar a um acordo sobre quanto o aplicativo deveria pagar aos artistas.

A Universal acusou o TikTok de "intimidação" ao querer pagar uma "fração" da taxa que outras plataformas pagam. O TikTok disse que a Universal estava apresentando uma "narrativa falsa e retórica".

Agora, se um compositor contratado pela divisão editorial da Universal Music contribuiu mesmo com uma pequena parte de uma música, toda a gravação terá, teoricamente, que ser retirada da rede social. Por isso, a ação pode incluir músicas de artistas em outros selos, como Sony e Warner, e outros independentes.

Como resultado, o catálogo de gravações da gravadora, que é de cerca de três milhões de músicas, foi removido no início de fevereiro. O acordo de catálogo editorial expira no final da semana, o que significa que outras quatro milhões de músicas devem ser retiradas da plataforma.

A UMG diz que apenas 1% de sua receita total vem do TikTok, plataforma que reúne mais de um bilhão de usuários.

Além de ser um ferramenta para novos artistas, as músicas na rede social da ByteDance são usadas para criar virais como tendências de dança ou desafios, e músicos populares abraçaram a plataforma para se sentirem mais próximos dos fãs.

Não é a primeira vez que a indústria da música entra em um impasse com plataformas online. Entre 2008 e 2009, a Warner Music Group removeu ou silenciou sua música no YouTube por vários meses antes que as empresas chegassem a um acordo. 

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