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Criptografia quântica da Toshiba promete ser inquebrável

Método segue o conceito de distribuição de chaves quânticas, que usa fótons para cifrar as combinações

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criptografia (master and slav / Flickr / via Photopin)

criptografia (master and slav / Flickr / via Photopin)

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Gustavo Gusmão

Publicado em 22 de junho de 2015 às, 10h31.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às, 09h31.

A empresa japonesa Toshiba trabalha no desenvolvimento de um novo sistema baseado em criptografia quântica que promete ser praticamente inquebrável. O método segue o conceito de distribuição de chaves quânticas, e consiste no uso de fótons, que são enviados de uma ponta a outra por meio de um cabo “personalizado” de fibra óptica desconectado da internet, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal.

O novo sistema dá sequência aos estudos divulgados por cientistas da mesma Toshiba ainda em 2013. Divulgada na revista Nature, a pesquisa explicava como montar uma rede de acesso quântico para até 64 computadores, e ressaltava que “esse tipo de comunicação não pode ser derrotado nem por avanços futuros em poder computacional, nem por novos algoritmos”.

Conforme disse na época Andrew Shields, chefe do Grupo de Informação Quântica do laboratório de pesquisas da Toshiba na Europa, “enquanto as leis da física forem verdadeiras, o sistema garantirá que suas comunicações estejam totalmente protegidas”.

Mas como esse método funciona? Os fótons são responsáveis por codificar apenas a chave de criptografia, que é do mesmo tamanho dos dados cifrados por outro método mais tradicional – normalmente o one-time pad, que é baseado no uso de uma chave única. Essa sequência, já protegida, é então enviada pela fibra óptica especial, e um detector conta os fótons quando ela chega ao destino e envia a combinação ao ponto final.

A vantagem desse sistema é que qualquer interferência sofrida no meio do caminho já altera os pacotes com informações. Dessa forma, os dois lados que estão se comunicando saberão se a segurança da chave for comprometida – e poderão agir a tempo.

Mas o método também tem seus problemas. Apesar de a tecnologia da Toshiba permitir que os fótons viajem a uma distância de até 100 quilômetros, a estrutura é sensível até a simples variações de temperatura. Fora isso, ainda é preciso considerar o preço: só os servidores custam mais de 80 mil dólares, segundo o Wall Street Journal.

Ainda assim, o método já é testado internamente pela Toshiba há algum tempo, e em agosto a empresa japonesa começará a aplicá-lo na comunicação da Universidade Tohuku, para transmitir dados genéticos. Essa e outras avaliações serão feitas ao longo de pelo menos dois anos, e já em 2020 a empresa pretende fornecer o serviço aos primeiros governos e empresas. O uso comercial mais amplo, por sua vez, ainda deve demorar mais um ou duas décadas.

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