São Paulo - Quem passa muito tempo sob o Sol termina ficando bronzeado. Mas você nunca se perguntou a razão disso acontecer? Fique tranquilo: a ciência tem uma explicação para isso.
"O bronzeamento é um dos mecanismos de defesa da pele contra a radiação solar", afirmou em entrevista a EXAME.com Sergio Schalka, médico ligado à Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo Schalka, a exposição à radiação do Sol causa danos ao DNA das células de nossa pele. Esses danos podem acarretar problemas como o câncer de pele, por exemplo.
Sendo assim, nosso corpo desenvolveu um mecanismo por meio do qual uma substância presente na pele chamada melanina se oxida ao entrar em contato prolongado com a radiação solar.
Isso evita os danos causados pela radiação e dá à pele a coloração mais escura, popularmente conhecida como bronzeado.
Duração
De acordo com Schalka, a duração e a intensidade do bronzeado são maiores em pessoas de pele mais escura do que em pessoas de cor mais clara. Isso se deve à presença de diferentes tipos de melanina na pele de cada uma delas.
"Alguns tipos de alimentos, como a cenoura e o tomate contêm substâncias que podem prolongar um pouco mais o bronzeado. Porém, é um benefício pequeno e que dura pouco tempo", explicou Schalka.
Segundo ele, é importante ter cuidados já conhecidos na hora de tomar no Sol. Evitar o horário que vai das 10h às 15h e usar filtro solar são alguns deles.
"Cerca de 70% do envelhecimento da pele é causado pelo Sol. Protegê-la dele é uma forma de mantê-la mais jovem ao longo dos anos", afirmou o dermatologista.
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1. Quente
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1/15 (Getty Images)
São Paulo - Hoje, às 21h03, começa no Brasil a estação mais quente do ano. Alvo do interesse de turistas e banhistas, o verão é tema de diversos estudos no mundo da ciência. Reunimos aqui algumas das descobertas sobre o período.
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2. Definição
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2/15 (Ricardo Moraes/Reuters)
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, o verão não é a época do ano em que uma determinada parte da Terra se encontra mais perto do Sol. Na verdade, a estação é caracterizada pela incidência mais intensa de raios solares numa certa parte do globo. Essa maior incidência é causada pela inclinação do eixo de da Terra e não tem relação com a distância entre o planeta e o Sol.
Se você não sabia disso, tudo bem. Num estudo realizado por cientistas da universidade de Harvard com 23 especialistas em física, apenas 2 pessoas acertaram a resposta para a seguinte pergunta: "Por que é mais quente no verão do que no inverno?"
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3. Calor
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3/15 (Creative Commons)
No início de fevereiro do ano passado, a sensação térmica bateu a marca de 57°C em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. O dado é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O verão do ano passado foi o mais quente e o mais seco da cidade nos últimos 13 anos.
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4. Fevereiro
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4/15 (GettyImages)
Em pleno verão, o mês de fevereiro de 2014 ostenta uma marca interessante. De acordo com o Inmet, 6 das 10 maiores temperaturas já catalogadas em São Paulo foram registradas nesse período. Mas a temperatura máxima na cidade de que se tem notícia é de outubro deste ano, quando os termômetros marcaram 37,8ºC.
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5. Sexo
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5/15 (Marcelo Silva / Stock Xchng)
Durante o verão, o Google registra mais buscas relacionadas à prostituição, pornografia e sites para encontros amorosos do que nas outras estações nos Estados Unidos. A descoberta é de pesquisadores da universidade americana de Villanova. De acordo com os especialistas, o aumento no interesse sexual das pessoas durante a estação (também apontado por outros estudos) pode estar ligado ao fato delas estarem em contato com mais gente durante o verão.
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6. Bocejo
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6/15 (Orlando/Hulton Archive/Getty Images)
Em Viena, na Áustria, as pessoas bocejam mais no verão do que no inverno. Já no estado americano do Arizona, a relação se inverte. Descoberto por cientistas da universidade de Viena, o fenômeno tem uma explicação.
Segundo os pesquisadores, o ato de bocejar serve para baixar a temperatura do cérebro. Porém, esse mecanismo só funciona quando a temperatura ambiente está na casa dos 20°C - o que não acontece no inverno vienense (muito mais frio) nem no verão do Arizona (muito mais quente).
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7. Colesterol
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7/15 (Marcello Casal Jr/ABr)
Cerca de 2,8 milhões de americanos participaram de um estudo realizado por cientistas do Centro de Prevenção de Doenças Cardíacas
John Ciccarone, nos Estados Unidos. O trabalho revelou que, no verão, os níveis de colesterol da maioria das pessoas são menores do que no inverno. De acordo com os pesquisadores, essa variação se deve ao fato delas se exercitarem mais e manterem hábitos mais saudáveis durante a estação quente.
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8. Rins
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8/15 (Getty Images)
O atendimento de pessoas com cálculo renal cresce 30% durante o verão. O dado é da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. De acordo com o órgão, o aumento da transpiração e a ingestão de líquidos abaixo da quantidade necessária nessa estação justificam o crescimento no número de atendimentos.
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9. Nervosinhos
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9/15 (Dreamstime.com)
Variações de humor são mais comuns em pessoas que nascem durante o verão do que entre aquelas que nascem no inverno. A descoberta é de cientistas da universidade Semmelweis, da Hungria. Segundo os pesquisadores, a estação em que nascemos influencia a produção de neurotransmissores por nosso corpo - o que justificaria o fenômeno.
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10. Prematuros
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10/15 (.)
O risco de um bebê nascer prematuro aumenta 27% quando a temperatura ultrapassa 32°C por um período de quatro a sete dias. A descoberta é de cientistas da universidade canadense de Montreal. Para chegarem a essa conclusão, eles analisaram as condições envolvidas no nascimento de 300 mil pessoas entre 1981 e 2010 no período que vai de junho a setembro (verão no Hemisfério Norte).
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11. Chuvas
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11/15 (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
Cada vez mais, os verões brasileiros devem ser menos chuvosos. Quem afirma é Gilvan Sampaio, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o pesquisador do Inpe, a razão dessa mudança climática é o aumento da temperatura em todo o globo terrestre. Entre outros efeitos, o aquecimento global gera bloqueios atmosféricos que impedem o avanço de frentes frias - como aconteceu no começo de 2014.
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12. Europa
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12/15 (Andrey Smirnov/AFP)
Verões com temperatura acima da média vão se tornar cada vez mais comuns na Europa. É o que diz um estudo realizado por cientistas da agência de meteorologia britânica Met Office. Eles chegaram a essa conclusão após compararem as temperaturas da estação na década de 1990 com aquelas registradas entre 2003 e 2012.
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13. Ártico
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13/15 (Podknox/Flickr)
Até meados do século XXI, o verão no mar Ártico pode não contar com camadas de gelo na paisagem. A expectativa é dos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). De acordo com os pesquisadores do IPCC, a causa do fenômeno é o aquecimento global, que vem causando degelo na região.
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14. Órion
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14/15 (©AFP / Eso)
Durante o verão, a constelação de Órion fica no alto do céu e a meio caminho do horizonte para os observadores que se encontram no Hemisfério Sul. A informação consta em texto do astrônomo Ronaldo Mourão. Entre as atrações de Órion, estão as estrelas popularmente conhecidas como Três Marias.
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15. Veja agora os mistérios que a ciência decifrou - ou tenta decifrar
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15/15 (Marija Gjurgjan/SXC)