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Ning deixará de ser gratuito

Plataforma para criação de redes sociais muda estratégia com chegada de novo CEO. Detalhes da mudança serão anunciados em duas semanas

Segundo empresa, redes pagas representam 75% da audiência do site (.)

Segundo empresa, redes pagas representam 75% da audiência do site (.)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2010 às 20h37.

São Paulo - O Ning, serviço que permite a criação de redes sociais individualizadas, deixará de ser gratuito. O novo CEO da empresa, Jason Rosentahal, que assumiu o cargo há um mês, anunciou a mudança ontem em um e-mail enviado a funcionários da companhia. No comunicado, ele diz que a nova estratégia é investir nas vantagens das contas premium, porque as redes do Ning que já usam esse modelo são responsáveis por 75% do tráfego do site e, portanto, estariam dispostas a pagar pelos serviços.

O e-mail de Rosentahal foi reproduzido por John Mcdonald, vice-presidente jurídico do Ning, em um fórum no próprio site da empresa, e gerou diversos comentários de usuários, que se dividiram entre os que concordam com a mudança e os que sugerem a migração das redes criadas no Ning para outros serviços semelhantes gratuitos, como o Yuku e o Grou.ps. Um tópico chegou a ser criado para listar alternativas ao Ning àqueles que não querem aderir ao serviço premium.

Além de passar a cobrar por todos os serviços, o novo CEO do Ning anunciou a demissão de 69 dos 167 empregados, cerca de 40%. "Embora tenha sido muito difícil fazer isso, estou confiante que foi a decisão correta para nossa companhia, nosso negócio e nossos clientes. Marc [Andreessen, co-fundador] e eu trabalharemos com todos os afetados por essa decisão para ajudá-los a achar grandes oportunidades em outras empresas", escreveu Rosentahal.

Ainda de acordo com o CEO, as redes criadas gratuitamente no Ning poderão ser convertidas para contas pagas ou migrar para fora do Ning. "Sei que muitos de vocês terão dúvidas sobre esse anúncio", disse McDonald. Os planos detalhados para a transição do serviço serão anunciados em duas semanas, segundo o vice-presidente jurídico da empresa.
 

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