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Mesmo com campanha contrária na internet, China realiza festival da carne de cachorro

O Festival de Yulin, conhecido como a festa da carne de cachorro na província chinesa de Guangxi, vai acontecer mesmo com mais de 1,3 milhão de assinaturas contrárias no site Change.org

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Yulin Festival China (Reuters)

Yulin Festival China (Reuters)

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Rafael Kato

Publicado em 21 de junho de 2015 às, 09h28.

O Festival de Yulin, conhecido como a festa da carne de cachorro na província chinesa de Guangxi, vai acontecer mesmo com mais de 1,3 milhão de assinaturas contrárias no site Change.org, a campanha #stopyulin2015 nas redes sociais, forte pressão internacional e protestos de organizações que defendem os animais. Mais de 10 000 cães deverão ser mortos neste final de semana.

A campanha mais organizada contra o festival vem da Duo Duo Animal Welfare Project, organização com presença na China e Taiwan. Seu abaixo-assinado pode ser lido em três línguas, incluindo português, no site Change.org.

“Um número significativo dos cachorros vendidos em mercados, de acordo com investigações de ativistas chineses, são roubados de casas de famílias ou eram cães de guarda em zonas rurais”, escreve a organização.

A venda de carne de cachorro não é proibida na China, mas os animais devem ser criados em fazendas e receber o certificado para consumo humano. Apesar do menor número, gatos também são mortos no festival. Os locais acreditam que a carne de ambos traz sorte e saúde. O governo da província afirma que a festa é um costume local e não recebe apoio oficial.

“O festival é um caso perigoso de segurança alimentar. Cachorros vendidos em mercados estão doentes ou à beira da morte. Eles sofrem durante viagens entre províncias distantes em condições horrorosas. A China não tem fazendas de cachorros. Não há padrões nacionais ou locais para garantir a segurança da carne de cachorro. Cancelar o festival previne possíveis mortes em massa e epidemias de doenças”, dizem os ativistas.

No entanto, nas fotos divulgadas pelas agências internacionais, como Reuters, o que se vê são cães em condições precárias prestes a serem abatidos. Há mortes que chegam a acontecer nas ruas, com o sangue escorrendo pelo meio-fio.

Nas redes sociais, a campanha #stopyulin2015 recebeu o apoio do comediante britânico Ricky Gervais. Ao postar a imagem de um cachorro com marcas de batom, ele escreveu: essas são as únicas marcas que você deve deixar em um cão.

Segundo a agência de notícias AFP, dado ao naufrágio da pressão da comunidade internacional, indivíduos tentam, localmente, salvar o máximo de animais. Uma chinesa, de 65 anos, teria gasto 1 000 dólares para resgatar 100 cachorros que seriam mortos.

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